[vc_row][vc_column][vc_column_text]N\u00f3s j\u00e1 abordamos o tema pel\u00edculas de vidro automotivo com o intuito de informar sobre os benef\u00edcios e utilidades que a pel\u00edcula possui, agora \u00e9 hora de falar sobre outra quest\u00e3o muito debatida tamb\u00e9m quando o assunto \u00e9 \u201cinsulfilm\u201d: o que a lei permite. O insulfilm \u00e9 muito vers\u00e1til e oferece diversas possibilidades no assunto cor, espessura e transpar\u00eancia ou escurecimento, e \u00e9 a\u00ed que muitas pessoas acabam cometendo erros que podem acarretar multas de tr\u00e2nsito. H\u00e1 leis espec\u00edficas que determinam o que pode e o que n\u00e3o pode ao instalar o acess\u00f3rio.<\/p>\n

80% dos carros zero hoje em dia saem da loja com pel\u00edcula instalada<\/strong><\/p>\n

Instaladas por raz\u00f5es de seguran\u00e7a e privacidade, as pel\u00edculas escurecidas para vidros de ve\u00edculos s\u00e3o amplamente utilizadas no Brasil. De acordo com estimativa de Juliano Lima, gerente da Avery Dennison, fabricante do acess\u00f3rio, cerca de 80% dos autom\u00f3veis zero-quil\u00f4metro hoje saem da concession\u00e1ria com a pel\u00edcula j\u00e1 instalada.<\/p>\n

O problema \u00e9 que muitos desses clientes instalam o item, popularmente chamado de “insufilme” e feito de PET (polietileno tereftalato), com especifica\u00e7\u00e3o fora do que prev\u00ea a legisla\u00e7\u00e3o de tr\u00e2nsito, o que representa uma infra\u00e7\u00e3o grave, que rende multa de R$ 195,23, cinco pontos na habilita\u00e7\u00e3o e reten\u00e7\u00e3o do ve\u00edculo para regulariza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Consultado por UolCarros<\/a>, o Denatran (Departamento Nacional de Tr\u00e2nsito) informa que a regra trata dos vidros e n\u00e3o da pel\u00edcula em si: para-brisa incolor com transpar\u00eancia m\u00ednima de 75% e de 70% no para-brisa colorido — o mesmo percentual de 70% vale para os vidros laterais dianteiros.<\/p>\n

No caso dos vidros traseiros, estes podem ser mais escuros: pelo menos 28%. O percentual deve obrigatoriamente estar gravado em cada pel\u00edcula, geralmente precedido pela letra G. Com base nessa marca\u00e7\u00e3o, o agente de tr\u00e2nsito tem como verificar se o “insulfilme” est\u00e1 dentro da lei.<\/p>\n

Tudo escuro? N\u00e3o pode<\/strong><\/p>\n

Uma das especifica\u00e7\u00f5es preferidas do p\u00fablico \u00e9 a G5, que traz apenas 5% de transpar\u00eancia e, portanto, est\u00e1 totalmente irregular, prejudicando a visibilidade. “Hoje quem compra ‘insulfilme’ para autom\u00f3veis pensa em simplesmente escurecer os vidros, acreditando ser o suficiente para proporcionar mais seguran\u00e7a e prote\u00e7\u00e3o contra o calor e a radia\u00e7\u00e3o solar. Por\u00e9m, mesmo escura, a pel\u00edcula pode ser de m\u00e1 qualidade e n\u00e3o trazer nenhum tipo de tratamento para os raios UV, que podem danificar a pele e materiais da cabine, como pl\u00e1sticos. Hoje h\u00e1 modelos adequados \u00e0 legisla\u00e7\u00e3o que trazem prote\u00e7\u00e3o UV e conforto t\u00e9rmico”, explica Juliano Lima.<\/p>\n

Segundo o executivo, a especifica\u00e7\u00e3o mais vendida hoje \u00e9 a G20, ilegal em autom\u00f3veis, geralmente instalada em todos os vidros, exceto o para-brisa (o vidro dianteiro). Ele destaca que uma pel\u00edcula de boa qualidade, que traz prote\u00e7\u00e3o contra raios UV e infravermelho e camada contra riscos, hoje custa entre R$ 600 e R$ 800 em um autom\u00f3vel compacto — os valores incluem o custo de aplica\u00e7\u00e3o, que costuma demorar entre duas e quatro horas.<\/p>\n

“Existem produtos bem mais baratos, sem os revestimentos citados ou trazendo materiais menos nobres. Nestes, a prote\u00e7\u00e3o UV, quando dispon\u00edvel, \u00e9 perdida ao longo do tempo. Al\u00e9m disso, podem trazer um adesivo de pior qualidade, elevando a possibilidade de bolhas e descolamento ap\u00f3s a instala\u00e7\u00e3o. As pel\u00edculas coloridas, por outro lado, podem desbotar com o tempo. Bons produtos n\u00e3o t\u00eam esses problemas e podem ter garantia de 15 ou 20 anos. A prote\u00e7\u00e3o contra os raios ultravioleta resiste durante todo esse tempo ou mais”, explica Lima, esclarecendo que os “insulfilmes” de hoje em dia n\u00e3o t\u00eam regulamenta\u00e7\u00e3o espec\u00edfica nem trazem selo de certifica\u00e7\u00e3o do Inmetro, como acontece em outros componentes automotivos.<\/p>\n

“Muitos instalam pel\u00edculas para uso arquitet\u00f4nico, em edif\u00edcios, e at\u00e9 usam modelos espelhados, o que \u00e9 totalmente proibido por quest\u00e3o de seguran\u00e7a. \u00c9 preciso ter uma maior conscientiza\u00e7\u00e3o”, completa o especialista.<\/p>\n

Juliano Lima tamb\u00e9m lembra que existem pel\u00edculas antivandalismo, aquelas que evitam a queda do vidro quanto este \u00e9 quebrado — neste caso, as mesmas regras citadas acima valem para esse tipo de acess\u00f3rio.<\/p>\n

F\u00e1bio Arruda preferiu n\u00e3o se arriscar e instalou ‘insulfilme’ em seu Corolla 2001 para se proteger dos raios solares.<\/p>\n

E se o vidro j\u00e1 vem escurecido de f\u00e1brica?<\/strong><\/p>\n

“Hoje, qualquer pel\u00edcula que voc\u00ea colocar nos vidros da coluna B para a frente em um carro zero-quil\u00f4metro \u00e9 ilegal. A n\u00e3o ser que voc\u00ea instale uma pel\u00edcula totalmente transparente nesses vidros”, diz Rubens Sautner, gerente comercial da chinesa Fuyao Glass, fornecedora de vidros automotivos para marcas como Peugeot, Citro\u00ebn, General Motors, Chery e Jaguar-Land Rover.<\/p>\n

Segundo ele, a quest\u00e3o \u00e9 que os carros novos j\u00e1 saem da f\u00e1brica com vidros dentro das especifica\u00e7\u00f5es m\u00ednimas de transpar\u00eancia exigidas por lei. “Hoje j ind\u00fastria praticamente j\u00e1 n\u00e3o faz mais para-brisa incolor, o verde virou padr\u00e3o, seguindo o percentual m\u00ednimo de 75%, e demais vidros com 70%, em m\u00e9dia. Isso significa que s\u00f3 d\u00e1 para escurecer os vidros traseiros, incluindo os laterais, dentro da transpar\u00eancia m\u00ednima de 28%”.<\/p>\n

A quest\u00e3o \u00e9 como aferir se o percentual considerando vidro mais pel\u00edcula ficar\u00e1 dentro do limite. “Colocar G5, G10 ou G20 nos vidros traseiros, por exemplo, ainda n\u00e3o vai atender os 28% exigidos, ainda mais que o vidro propriamente dito j\u00e1 tem 70% de transpar\u00eancia. Mas hoje apenas as montadoras disp\u00f5em do equipamento que permite medir o percentual da pel\u00edcula mais o vidro”, explica Sautner.<\/p>\n

O equipamento ao qual ele se refere \u00e9 chamado Medidor de Transmit\u00e2ncia Luminosa e seu uso pelos agentes fiscalizadores est\u00e1 previsto na Resolu\u00e7\u00e3o 253\/2007 do Contran (Conselho Nacional de Tr\u00e2nsito), com aprova\u00e7\u00e3o pelo Inmetro.<\/p>\n

O medidor, no entanto, nunca entrou em uso nas blitze e abordagens por fiscais e hoje eles se baseiam no “olh\u00f4metro” e na marca\u00e7\u00e3o de transpar\u00eancia informada na chancela da pel\u00edcula – que, sozinha, n\u00e3o informa a transpar\u00eancia efetiva do conjunto vidro-window film. Obrigatoriamente, o para-brisa e os vidros laterais dianteiros tamb\u00e9m devem trazer o percentual gravado e homologado pelo instituto.<\/p>\n

Exemplos<\/strong><\/p>\n

O engenheiro Fernando Lopes Maia, 51, de Porto Alegre (RS), est\u00e1 dentro da lei. Ele instalou pel\u00edculas dentro das exig\u00eancias de transpar\u00eancia em seu Hyundai i30 2011\/2012 ainda na concession\u00e1ria, logo ap\u00f3s fazer a compra. “Coloquei por conta da seguran\u00e7a. Procurei me informar na \u00e9poca sobre o que era permitido, para n\u00e3o correr o risco de ser multado ou ter o carro retido.”<\/p>\n

J\u00e1 o administrador Roberto Anci\u00e3es, 61, de Itapevi (SP), optou por instalar pel\u00edculas G20, bem escuras e que n\u00e3o se enquadram na legisla\u00e7\u00e3o, no seu Kia Sportage 2015. “O motivo foi a seguran\u00e7a. As pel\u00edculas foram instaladas na pr\u00f3pria concession\u00e1ria e paguei cerca de R$ 600. Nunca fui parado por esse motivo”, conta.<\/p>\n

F\u00e1bio Arruda, 48, trabalha como “personal car” na capital paulista, prestando consultoria e assist\u00eancia relativa a manuten\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos, e preferiu n\u00e3o se arriscar. Dono de um Toyota Corolla XEi 2001, ele instalou h\u00e1 cerca de um ano o ‘insulfilme’ “porque o carro n\u00e3o tinha”.<\/p>\n

“Al\u00e9m de proteger partes internas do carro, acho que me protege um pouco dos raios solares no caso do bra\u00e7o esquerdo e no rosto quando pego estrada. Paguei R$ 150 com desconto, pois o instalador presta muitos servi\u00e7os a clientes meus. A transpar\u00eancia foi a que chamam de intermedi\u00e1ria, pois a G5 \u00e9 proibida”, justifica. ” Nunca fui parado nem multado com esse carro e com nenhum outro por conta de uso de pel\u00edcula, mas sei de pessoas que foram paradas por terem o filme no para-brisa”, revela.<\/p>\n

Antes de aplicar, certifique-se que o “insulfilme” escolhido tenha especifica\u00e7\u00f5es de transpar\u00eancia dentro da lei<\/p>\n

Dicas para n\u00e3o errar na escolha<\/strong><\/p>\n

1.\u00a0<\/strong>Primeiramente, certifique-se que o “insulfilme” escolhido tenha especifica\u00e7\u00f5es de transpar\u00eancia dentro da lei (75% para para-brisa sem cor; 70% para para-brisa colorido e vidros laterais dianteiros; 28% para vidros traseiros). O percentual de transpar\u00eancia deve estar gravado em cada pel\u00edcula. Por exemplo, a especifica\u00e7\u00e3o G5, que \u00e9 irregular, significa que a pel\u00edcula tem 5% de transpar\u00eancia.<\/p>\n

2.<\/strong>Pesquise o hist\u00f3rico da fabricante e do instalador. Prefira marcas conhecidas e com qualidade atestada por outros clientes.<\/p>\n

3.<\/strong>\u00a0Verifique se o acess\u00f3rio tem garantia e qual o prazo de cobertura.<\/p>\n

4.\u00a0<\/strong>Cheque se a pel\u00edcula tem prote\u00e7\u00e3o contra raios UV.<\/p>\n

Fonte: <\/strong>https:\/\/carros.uol.com.br\/noticias\/redacao\/2018\/08\/19\/g5-pode-veja-quais-sao-as-atuais-regras-para-colocar-insulfilme-no-carro.htm<\/a>[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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